A aposentadoria iniciou seus primeiros passos por volta de 1888, quando de forma despretensiosa, organizações que eram importantes ao império, como os correios, imprensa nacional e casa da moeda por exemplo, resolveram beneficiar funcionários antigos destas organizações.
Porem a Previdência Social só ficou nos moldes como você as conhecia no ano de 1923. No entanto, em 2019 vimos diversas discussões sobre a Reforma Previdenciária, a Emenda Constitucional 103/2019 e esta entrou em vigor.
Com a reforma previdenciária no Brasil, diversos brasileiros voltaram seus olhares para a Previdência Privada. Devido a tais mudanças nos planos de aposentadoria, os consumidores passaram a acreditar que a Previdência Privada seria a melhor opção para uma aposentadoria tranquila, que, com este fundo, sua aposentadoria estaria garantida.
Porem, muitos não conhecem a fundo como este funciona, afinal, são diversos termos, taxas e adendos que não são informados ao cliente ao solicitar uma aplicação na Previdência Privada. Diante disso, este artigo vem para desmistificar a Previdência Privada, confira!
Como funciona a Previdência Privada
A Previdência Privada tem por objetivo ser uma aposentadoria independente do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social, em outras palavras, você paga a parte um determinado valor para complementar a alíquota já deduzida de sua folha de pagamento.
Estes fundo são oferecidos por instituições bancarias ou por corretoras de crédito e podem ser pagos mensalmente ou de forma única, desde que respeitando os valores mínimos estabelecidos pela instituição da qual você escolheu.
Em termos gerais, a Previdência Privada é bastante parecida com alguns fundos de investimento, onde se aplica um determinado valor para que este gere rentabilidade, tendo em vista que, preferencialmente, este seja um investimento a longo prazo.
Diferentemente da Previdência Social, a Previdência Privada te oferece três moldes de resgate.
- Receber o valor total dividido em parcelas por tempo determinado.
- Resgatar em parcelas de menor valor por tempo vitalício.
- Receber o valor total em uma única parcela.
Taxas:
Um ponto importante são as taxas de administração e taxas de carregamento que variam entre 0% a 6%. Algumas instituições já isentam a taxa de carregamento, por isso, é de extrema importância verificar quais são as taxas cobradas e suas alíquotas antes da contratação, estas irão impactar diretamente os seus rendimentos.
Diferença entre PGBL e VGBL:
Os termos PGBL OU VGBL também são importantes ao realizar uma Previdência Privada.
De forma simplificada, o PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre, é mais indicado para quem trabalha em regime CLT, faz declaração de Imposto de Renda completo e para quem tem muita despesa de dedução IR. Neste modelo você pode investir até 12% da renda bruta anual na Previdência para ter beneficio fiscal. Mas fique atento, não quer dizer que escolhendo o formato PGBL você estará isento de tributações. Na hora do resgate serão cobrados IR sobre o valor total do resgate ou das parcelas do beneficio.
O VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre, será melhor para aqueles que não possuem renda declarada, quer aplicar acima de 12% de sua renda bruta anual na Previdência Privada, declara IR de forma simplificada ou isenta. Neste molde, a alíquota do IR no momento do resgate incide somente sobre os rendimentos porem não é possível os benefícios fiscais do PGBL.
Tributação progressiva e regressiva:
Ademais, existem dois tipos de tributações, a progressiva e a regressiva. A tributação progressiva é mais indicada para quem esta próximo de usufruir do beneficio ou para quem tenha em vista uma aplicação a curto prazo. Esse modelo se baseia na renda mensal e quanto maior a renda, maior a tributação que pode chegar até 27,5%.
Já a tributação regressiva, diferentemente da progressiva, é indicada para quem esta distante de usufruir do beneficio ou para aqueles que pretendem um plano a longo prazo. Uma vez escolhida a tabela regressiva, a mesma não pode ser alterada. Esta tabela se baseia no tempo de contribuição, ou seja, quanto mais tempo de contribuição, menor o valor dos impostos a serem pagos. Em outras palavras, após 10 anos de contribuição, você pagará a taxa mínima que é de 10%.
Em conclusão, todo investimento exige cuidado pois se trata de seu dinheiro e seu futuro. Antes de mais nada, pesquise a fundo as organizações, os rendimentos de pelo menos três anos atrás e taxas. Todos esses fatores são importantes para uma aplicação mais assertiva. Espero ter esclarecido suas duvidas quanto a Previdência Privada e no mais, boas pesquisas!